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“Se servistes a Pátria que vos foi ingrata, vós fizestes o que devíeis e ela, o que costuma”


(Do Padre António Vieira, no "Sermão da Terceira Quarta-Feira da Quaresma", na Capela Real, ano 1669. Lembrado pelo ex-furriel milº Patoleia Mendes, dirigido-se aos ex-combatentes da guerra do Ultramar.).

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"Ó gentes do meu Batalhão, agora é que eu percebi, esta amizade que sinto, foi de vós que a recebi…"

(José Justo)

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“Ninguém desce vivo duma cruz!...”

"Amigo é aquele que na guerra, nos defende duma bala com o seu próprio corpo"

António Lobo Antunes, escritor e ex-combatente

referindo-se aos ex-combatentes da guerra do Ultramar

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Eles,
Fizeram guerra sem saber a quem, morreram nela sem saber por quê..., então, por prémio ao menos se lhes dê, justa memória a projectar no além...

Jaime Umbelino, 2002 – in Monumento aos Heróis da Guerra do Ultramar, em Torres Vedras
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“Aos Combatentes que no Entroncamento da vida, encontraram os Caminhos da Pátria”

Frase inscrita no Monumento aos Heróis da Guerra do Ultramar, no Entroncamento.

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Sem fanfarra e sem lenços a acenar, soa a sirene do navio para o regresso à Metrópole. Os que partem não são os mesmos homens de outrora, a guerra tornou-os diferentes…

Pica Sinos, no 30º almoço anual, no Entroncamento, em 2019
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"Tite é uma memória em ruínas, que se vai extinguindo á medida que cada um de nós partir para “outra comissão” e quando isso nos acontecer a todos, seremos, nós e Tite, uma memória que apenas existirá, na melhor das hipóteses, nas páginas da história."

Francisco Silva e Floriano Rodrigues - CCAÇ 2314


Não voltaram todos… com lágrimas que não se veem, com choro que não se ouve… Aqui estamos, em sentido e silenciosos, com Eles, prestando-Lhes a nossa Homenagem.

Ponte de Lima, Monumento aos Heróis da Guerra do Ultramar


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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

do blog de Lourenço Bray, "o nascer do sol", transcrevo com a devida vénia, este interessante artigo acerca dos caminhos deste Portugal de hoje...

"Música Quando vi a notícia de que o Governo quer acabar com Ensino Especializado da Música em Portugal, a sensação que tive foi que finalmente batemos no fundo. Remeto-vos para quem percebe da coisa, o Crítico . Cresci em Torres Vedras e a única escola de música era privada. Eu queria aprender música a sério mas na altura era uma despesa que os meus pais consideravam incomportável. É certo que estas coisas são relativas, mas acabei por ir para a natação porque a mesma custava cerca de 5 ou 6 vezes menos que as aulas de música - e também era necessária. Mais tarde viria a aprender música por mim e a dedicar-me à guitarra, mas obviamente numa vertente de música contemporânea (vulgo rock ou blues) e sem saber ler pautas.Nenhuma actividade de aprendizagem é mais pedagógica do que a música. Em nenhuma outra aprendizagem existe uma relação tão forte entre esforço, disciplina, estudo e resultados. A música transforma perseverança em qualquer coisa bonita. A música é matemática na sua essência lógica, e exige a mesma concentração no seu estudo. Não é fácil nem imediata. O ensino da música a sério não apelará a todas as crianças, como é evidente. Se me justificarem que o ensino da música pode acabar porque não há procura, então aí o problema não é a existência da escola, o problema seria a falta de procura. Alguns ignorantes rir-se-iam desta frase. Para eles tudo se resume a uma questão de procura, para eles, tudo é a lei da vida, do mais forte, tudo é natural, tudo é o que deve ser. Para mim, é um mau sinal. Pode querer dizer que todos nos tormamos tecnocráticos, ignorantes e ocos como o nosso Primeiro Ministro José Sócrates. O discurso do Choque Tecnológico convenceu os pais de que um investimento em 500 mil portáteis para os putos jogarem, irem para o chat e verem pornografia é uma medida moderna e ensino da música é uma coisa velha que não serve para nada, a não ser para crianças com pais ricos. " http://onascerdosol.blogspot.com/

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Os Homens também choram !!

A equipa cripto, junto de uma viatura Daimler

Simpatizava imenso com este homem...tinha um porte fino...”Cavaleiro” de formação militar, cedo deixou os modos arrogantes típicos dos “Cavaleiros” e tornou-se dos oficiais mais porreirinhos de Tite.
O alf. Vaz Pinto, tinha grandes objectivos, passados e futuros, ele e outros familiares, estavam ligados ao Ténis de alta competição em Portugal, notando-se um “estar” diferente comparado a alguns “brogessos” da sua classe.
No período mais critico de ataques do PAIGC ao nosso quartel, habitualmente, à noite estavam sempre duas auto-metralhadoras Daimler de prevenção estacionadas frente à porta-de-armas, para, que quando começasse um ataque, logo as mesmas saissem disparando, na direcção do ataque, pois se o IN estivesse perto, seria uma persuasão.
Nesse dia de folga, tinha bebido umas bazookas valentes e à noite já estava “benza-te Deus”.
Sabendo que o alf. Vaz Pinto estava de oficial de dia, e que estava junto das Daimler, aproveitei, e para lá me dirigi para a conversa e com a esperança que ele me deixasse ir à messe de oficiais buscar “xarope” pois a minha “gripe” estava a piorar !!
Eu estava com um espírito “anedótica” de eleição, o alferes e o pessoal das Daimler riam que nem uns perdidos, senão quando se ouvem os estrondos das “saídas”...mais um ataque tinha começado...o pessoal salta para dentro das auto-metralhadoras, e uma delas arranca logo. Eu pirei-me para dentro da casa da guarda mas olhando para fora vejo o condutor da Daimler que não tinha saído a gesticular e aos gritos “não tenho apontador...onde está o ???” a aflição dele era tremenda...olhou para mim e disse “Justo embora pá, tenho que sair, vamos embora”.
Francamente nem hesitei, saltei para dentro da Daimler - ainda me entalei ao fechar a tampa de ferro - e ele arrancou para a estrada de Nova-Sintra.
As Daimler, todas fechadas, tem uma luz vermelha no interior, para o pessoal ter o mínimo de visibilidade, tem apontador e condutor, sendo que o apontador fica num nível mais elevado para disparar a metralhadora Dryse.
O condutor - tenho pena de não lembrar o nome - começa aos gritos...”dispara essa merda, porra...dispara prá frente”...e eu que não atinava com a Dryse...só tinha feito fogo com aquilo na recruta à quase um ano atrás...mas lá consegui começar a disparar - os disparos mesmo não vendo o IN, serviam para atemorizar e dar uma resposta rápida ao ataque - mas...que cena louca...a metralhadora não tinha colocado o resguardo-tipo saco para recolha dos envólucros vazios pós disparo, e o desgraçado do condutor, mais abaixo, sem capacete e aos berros, pois estava a levar com os envólucros em brasa, na cabeça, nas pernas...por todo o lado.
Deixei de disparar, e passados largos minutos, já com a Daimler de regresso ao quartel, tive a noção perfeita que me tinha passado a bebedeira, sentia-me perfeitamente sóbrio e todo eu tremia. Não falava...saí da viatura...olhei para o condutor...e arranquei dali para fora.
Felizmente, desta vez, tinha sido um ataque pequeno, sem consequências muito graves.
Já no Centro Cripto, sózinho...comecei a chorar compulsivamente e em silêncio...se alguém me visse, ou ouvisse...que vergonha !! “um militar não chora” tenho a certeza que se não tivesse com os copos, nunca iria para dentro da Daimler...sempre pensei que o medo é um reflexo de inteligência, mas a partir dessa noite fiquei a apreciar ainda mais os homens de Cavalaria, Artilharia e Infantaria, que todas as noites, tinham que sair para operações e emboscadas.
Viemos a saber depois, que o condutor Daimler de prevenção tinha apanhado uma “gripe” monumental e adormeceu na caserna. Conseguimos todos que o alf. Vaz Pinto não o lixasse.
Hoje compreendo perfeitamente o sofrimento dos camaradas com Síndrome Pós-traumático.

Zé Justo

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

O Padeiro e o Ajudante, o saguí e o cão...




Foto do saguí dos Padeiros e do Jock, cão do Heitor, mas que o Guedes adoptou desde muito cedo.

Lembram-se do Contige? Um rapaz alto, um pouco musculado, quase sempre “pintado de branco”, passando a maior parte das horas, quando em descanso, encostado à ombreira da padaria, edifício com a frente virada para o edifício das transmissões, conversando com o Costa de “Ovar”, Operador de Transmissões, este, sorna na primeira linha.
O Contige era o padeiro – Onde andas rapaz? Ainda na GNR ou já reformado?
O Contige era um amigão! Deveras educado, tenho saudades dele! Gostava de lhe dar um abraço! E do Ajudante, lembram-se? Um rapaz pequeno e franzino, com os ombros atirados para a frente, andar miudinho, também sempre “pintado de branco”, muito rápido na fala, assobiando primorosamente, companhia assídua do seu camarada de trabalho. Lembram-se dele? Muito bom moço!
Se haviam coisas boas em Tite, uma delas, sem sombra de dúvidas….o pão! Sim o pão, aquele alimento obtido com massa de farinha de cereais, cozida no forno. Pelas 6 horas da manhã, quentinho e estaladiço…. era um espectáculo.
O Contige, não podia obviamente dispensar pão. Era feito com conta e medida. Dar pão a todos os que pediam, não eram tão poucos como isso, era missão impossível, mas….na verdade, não havia presunto, chouriço, queijo, sardinha ou atum (latas), vindo da família, que não acompanhasse o pão feito pelo Contige e pelo seu Ajudante nas madrugadas em Tite.
Pois…. É isso mesmo que estão a pensar, o Contige, quando possível, dava-nos um pãozito escondido. E nós (……) quem? Os outros! Retribuíamos (não que ele pedisse) com “ produtos da exportação dos paizinhos e mãezinhas, das esposas, das namorados e mesmo das chamadas madrinhas de guerra.
Bom! Disto sabem todos, mas… só alguns sabiam, que o Contige e o Ajudante tinham um segredo. O “segredo” era um chimpanzé (não confundir com o sagui que vivia na padaria) que todos os dias, na paliçada das traseiras do quartel, esperava religiosamente pelo pão que lhe ofereciam. Isto era assim: o macaco chegava, ficava sentado na paliçada à espera deles. Quando se aproximavam o macaco fugia. O Contige punha o pão em cima da paliçada e afastava-se. O macaco voltava, levava o pão e nem sequer “agradecia”. Nunca o Contige e o Ajudante conquistaram a confiança do “amigo”.
Não sei, se por causa desta amizade não retribuída, mais tarde adoptaram um sagui que passou a ser mais um elemento na padaria. O bicho na maior parte das vezes andava à solta. A não ser aos seus “progenitores”, não se chegava a ninguém. Um dia morreu. O cão – o Jock, lobo alçacea, do furriel Heitor enfermeiro, matou-o de uma só dentada.
Lembro-me que a situação foi muito complicada, (mesmo muito complica) entre os padeiros e o saudoso Heitor, felizmente sem consequências.

Raul Pica Sinos

biabisa disse...
Ó Leandro apesar de tudo ainda de lá trouxe umas histórias giras. Gostei tanto de ler esta crónica que, quando falou no pão quente e estaladiço, cheirou-me a esse pão, tão saboroso. Pena foi o final. Também gosto muito de saguis, animaizinhos tão tímidos mas tão perfeitamente giros. Foi pena, mas cão é cão. Que se lhe há-de fazer? até amanhã Luísa

(Luisa - estas histórias têm sido contadas por amigos que ficaram desde esse tempo - Zé Justo e o Pica Sinos, malandrecos de Lisboa, que estavam em todas...)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

A mulher do Silva, O Silva e o Alberto ...

Foto da loja do Silva

Nas minhas crónicas, já uma ou duas vezes falei do “Branco”, ou seja O Silva. Da tasca do Branco, Mas…. Na “Tasca” não trabalhava apenas o patrão, Silva. Também a sua mulher e o Alberto, seu empregado e um nativo (*) completavam o quadro de pessoal da loja.
O sector (região) de Tite, era à época, considerado um dos mais importantes celeiros da “província”, não só era uma região rica no cultivo do arroz e amendoim (menos), mas também na plantação e apanha da castanha de caju e da manga (entre outros produtos). A loja que descrevo, não era mais nem menos que um entreposto da recepção destes produtos que os naturais cultivavam nas suas terras, dos frutos que plantavam e que colhiam no mato.
A loja fazia excelente “negócio”, não só pela quantidade, mas sobretudo pela qualidade. Pagando (claro) a baixo preço ou fazendo troca, por produtos (com percentagem de comercialização elevada), de bens necessários e essenciais à subsistência das famílias dos naturais. Todos sabíamos, mas pouco ou nada podíamos fazer.
Com a “tropa”, o negócio era outro, mas também deveras rentável, não só lhe defendíamos as “costas” mas também a garantia do escoamento da cerveja e acompanhantes, tais como queijo, presunto e outros produtos de fazer “saltar” o colesterol.
Mas…. Porque íamos à Loja do Branco? Íamos fundamentalmente por quatro razões: Pela cerveja era bem mais fresca, pelos produtos que no quartel “népia”, pelo crédito, em cima de crédito, mas sobretudo pela branca – a Mulher do Silva.
A Senhora era boa como “milho”. Ligeiramente alta, de atributos bem consideráveis, era impossível não rodar a cabeça quando por ela cruzávamos, simpática no sorriso e no olhar….., educada no trato. Era a única branca até Bissau e arredores.
Qual “Merche Romero” ou “Cláudia Vieira”. E era vê-los, alguns Alferes, Furriéis, Cabos e demais, todos aperaltados aos domingos e não só. Esgotava-se as mesas e as cadeiras na tasca. Todos derretidos quando da oportunidade de falar com a senhora. Justificavam que iam beber cerveja fresquinha, era bem verdade, o calor era muito, fora e dentro da tasca…depois já no quartel, nos quartos ou nas casas de banho, todo o mundo sonhava com a senhora...
Mas não pensem que a senhora (ajudem, alguém se deve lembrar do nome) não “sonhava” também com o seu “príncipe encantado”, sobretudo quando o “patrão” saía para Bissau para descarregar os produtos comprados ou abastecer-se. Era nessas ocasiões que ela melhor se apresentava e o sorriso era bem mais rasgado.
O Alberto, seu empregado, seu grande amigo, era quem lhe valia e defendia dos maus-tratos que o Silva lhe infligia. Tempos depois já em Lisboa, o Alberto, num encontro fortuito que com ele tive, confidenciou-me que tinha abandonado a loja dois ou três anos depois de nós sairmos de Tite. A branca também!

Raul Pica Sinos

(*) Este nativo (eu para nomes sou uma maravilha) valeu-me em muitas ocasiões. A minha muito querida mãe, (que descanse em paz), quando do meu embarque, encheu duas malas de camisolas interiores e outra roupagem típica do Inverno. Foi o que valeu muitas vezes para matar a fome. O Tal nativo, também atendia ao balcão na tasca do branco, trocou comigo muitos “nhecos” (galinhas pequenas) até a roupa se esgotar. Depois o desenrascanso foi bem mais difícil.
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notyet disse...
Isto vai completamente de velas desfraldadas e para quem fazia caretas ao uso desta ferramenta, está óptimo.Fica um abraço

biabisa disse...
Com que então a mulher era boazona ! Enchia-lhes as vistas. Faço ideia, só faço ideia do que por lá se passava. Tinha gostado de ser mosquito nessa altura para observar tanto malandreco.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

De arrogante a... recflectido!

Esta narrativa retrata um pouco da mentalidade deste Portugal. Eu e o Pica Sinos, aquando da concentração do BART 1914 no quartel da Parede, dias antes de embarcarmos para a Guiné, tomamos contacto como era habitual na tropa, com o pessoal de Lisboa, pois sempre havia mais aproximação de hábitos, conhecimento de locais, vivências comuns etc. Depois de conseguido um grupo, jantarista e copofónico que até nem era só de pessoal de Lisboa - lembro entre outros furriéis, o protagonista desta história, o Bagulho e o saudoso Rato - convivemos juntos aqueles dias até ao embarque e naturalmente começamos alguns a tratar-nos por tu. Esse tratamento continuou em Tite, e uma certa tarde, estando como habitualmente sentados no bloco de cimento das traseiras do edifício das Tms em amena cavaqueira, o dito furriel - que já não recordo o nome - virou-se para o Pica Sinos e com ar emproado comentou: “Ó Pica, não me trates por tu, pois o comandante ou algum oficial podem ouvir e dá mau aspecto” o Pica - com aquele ar altivo e ao mesmo tempo gozão, que lhe era peculiar ( e que eu admirava) retorquio: “Tem razão, desculpe meu furriel, não se volta a repetir”. Passados dias, tivemos mais um daqueles desgraçados ataques ao aquartelamento com todas as costumadas tragédias de destruição, de mortos e feridos. Ainda mal refeitos da véspera e como a vida tinha que continuar, e há que virar umas cervejolas para esquecer, lá voltou o pessoal do costume para o bloco de cimento, e prá cavaqueira. Aparece o tal furriel, juntou-se ao grupo - ninguém lhe ligou nenhuma - esteve uns largos minutos calado e por fim virou-se para o Pica Sinos e em palavras que não recordo exactamente, pediu desculpa pela atitude e que “afinal estamos cá todos e elas (as balas, as granadas) não trazem nome”. A propósito...centenas de homens de vinte e poucos anos, condicionados a um local limitado durante dois longos anos, em ambiente de guerra, tinham forçosamente de criar atritos, zangas e por vezes cenas de pugilato !! o pessoal deixava de se falar...havia um ataque...tudo se esquecia e o espírito de corpo voltava cada vez mais sólido. Intimamente pensavamos que amanhã, um ou alguns de nós, poderiamos estar feridos ou mortos !! Zé Justo. e diz o Pica: Grande Justo Também não me lembro quem foi o gajo. Mas era mesmo assim. A história que ainda hoje te vou mandar vai no mesmo sentido. Mas depois o comboio entra nos carris. Tu dirás mas o subtitulo diz de forma clara o comentário final que pessoalmente acho forte para o fim a que se destina. Mal não faz. O que dizes é bem verdade. Daqui a pouco acabo nova história e esta passou-se contigo. Vá conta mais Pica Sinos

O Alferes e a falta das cuecas do Justo...

Foto do refeitório do quartel de Tite


Foto do Alf. Vaz Pinto
(por onde andará este camarada, que nunca apareceu nos almoços?...)
O Justo era um dos rapazolas, à volta dos 20 anos, como a esmagadora maioria dos que “residiam” em Tite. O posto era o de 1º Cabo. A função Operador de Cripto.
O Justo (o Zé das Osgas) era um contador de histórias exímio. Forte a sua personalidade. Todos tinham por ele grande admiração. Recordo-me de bons momentos.
A forma de estar do Justo “era não estar ali” era como se estivesse a ter….sei lá? um sonho mau, um grande pesadelo. A cerveja, os cigarros que “comia”, os seus desenhos, os trabalhos manuais, as suas fantasias eram o seu escape. Ou seja: ele estava-se nas tintas para o que lhe diziam, contava religiosamente os dias que faltavam para o regresso, mas eu sei que….não era alheio às questões e aos problemas.
O Alferes (piriquito) dava pelo nome de Vaz Pinto. Foi comandante do plutão Daimler. Não embarcou connosco quando da formação do Batalhão em Lisboa, apresentou-se no quartel bem mais tarde nos termos de/para rendição. (penso eu)
Homem de cavalaria, o Alferes, formado na mais exigente disciplina militar, não podia admitir aos seus subordinados, fossem eles do plutão Daimler ou quando na função de oficial de serviço, o uso da farda, mesmo de trabalho, em desacordo com o regulamento militar instituído.
Bem, o que o nosso grande amigo Alferes não sabia era que nós os “velhinhos”, fartos de levar porrada, a “farda” que vestiam já não o era. As botas estavam gastas; as camisas com os botões da cada cor; os colarinhos das ditas já só com as entertelas e mesmo estas rotas; os calções esburacados e calças feitas calções, etc. Levando a que muitos de nós mandássemos fazer calções e, não só, aos alfaiates que abancavam à porta do “branco”. Calções feitos de pano reles, não incorporavam resguardo ou suporte para segurar os “tins-tins”. Enfim uma coisa feita em três tempos, mas servia!
O Justo, por sistema não usava cuecas com o que quer que fosse e, no refeitório, numa tarde chuvosa, eu e o meu camarada almoçávamos em frente um ao outro, bem mais preocupados com as formigas de asa não fossem elas cair no prato, quando, o nosso Alferes, de bengali na mão, dizia….È você!!!!!!!. Oh militar!!!!!
Como a chamada não era para mim, nada disse. Mas o Alferes não desistia…É você, não ouve? Oh militar
Já muitos olhavam na direcção do Alferes mas…. O Justo nada! Até ao momento que o chamei a atenção.
É comigo????? É….disse o Alferes. Que se passa??????, diz o Justo. Isso que tem aí pendurado, apontando o bengali em direcção ás pernas. E acrescentando….não são propósitos de um militar.
Olha este!!! Diz o Justo, e em alto e bom som disse….onde quer ele que ponha os……….., em cima da mesa? Uma gargalhada geral não se fez esperar.
Tempos depois, o Alferes Vaz Pinto percebeu o espírito de equipa que reinava em Tite. Que grande camarada ele foi. Um Abraço para os meus grandes amigos!

Raul Pica Sinos

e diz o Zé Justo:
Raul: Jovem, já não me lembrava desta...está porreira, obrigadinho pela lembrança.Não há dúvida que o Vaz Pinto mudou muito, foi um tipo porreiro para muita malta e apoiou-me imenso naquela história do meu processo.Estou a preparar um história com ele.Xau

Zé Justo

O Palma, O Justo e a Vaca...


Amigo Guedes. É pá...o Palma era um dos meus grandes amigos...a malta andava sempre junta...não sabia que ele era dessas bandas. Dá-lhe um grande abraço,tenho-me lembrado dele e dum ataque que houve e uma bala da pesada lhe furou o cinto e se enfiou na parede junto á cama onde dormia, safou-se por um triz !!Em anexo uma foto de nós, ele vai gostar de rever.Tenho acompanhado o Blog, estamos a preparar mais material.Um abraço
Zé Justo

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Será que este almoço foi em Braga?

Barrigudos, carecas e bigodudos...

A malta, o porco e o dono do porco...

De Tite, todos temos histórias “giras” para contar. Aquelas que eu conheço, ou melhor… que eu me lembro, mal é certo, têm quase sempre os mesmos protagonistas do círculo que mais frequentava – malta de Lisboa e arredores. Também recordo histórias que partilhei com o Justo e…. do Justo, que um dia, penso, terei a oportunidade de vos contar. Dois anos com ele no mesmo serviço (Cripto), no mesmo quarto, nos medos, na fome, etc,. Ele, “puto” de grande carácter, artista, camarada, amigo do seu amigo e no saber partilhar. Éramos muitos os “residentes” na obrigação dos objectivos para que fomos mobilizados, mas o sistema, a hierarquia e formas de estar na vida, obrigava-nos a círculos de convívio. Os círculos de que falo eram: das transmissões; dos criptos, dos morteiros, das daimleres, dos calados; dos refilões; dos coboys; dos bufos; da igreja; dos furriéis; dos oficiais; da malta de Lisboa, etc. Não querendo dizer com isto, que não raras as vezes, uns quantos, dos variados círculos (bufos à parte) não se juntassem, sobretudo nos copos, na batota e na tasca do branco. Haviam sempre motivos que nos levavam a fazer coisas. Na ocasião pareciam-nos “inocentes”, mas à luz da realidade, não eram tão inocentes quanto isso. E um deles era a fome. A “tasca do branco, o Silva” ficava no exterior do quartel a cerca de 100/150 metros da chamada porta de armas. No caminho/rua existiam à esquerda e à direita tabancas. Também porcos, galinhas, patos e outros animais domésticos que os naturais, guardavam religiosamente, nas suas casas, mas durante o dia, soltos na rua, debaixo dos seus olhares atentos, não fora o “diabo” tece-las. Contudo, havia gente mais “organizada”, pelo menos existia uma família, (cuja tabanca estava situada do lado direito de quem seguia pela “rua” em direcção ao “branco”), que tinha trancado a sete chaves, um curral/galinheiro, com as galinhas, galos, patos e dois ou três lindos porcos pretos (pequenos) que, um deles, foi obrigado a “desertar” grunhindo desesperadamente! Oh grande amigo Palma, e companhia……… passamos……. à frente! Não sei qual o mês nem o dia, (mas se não era devia ser feriado), por todo o quartel pairava, um cheiro, um aroma, um perfume… vindo de um assado, penso que da padaria, motivado pelo cozinhado do porco, fazendo “borbulhar o sangue” ao mais distraído cidadão em Tite. Pois, quem não gostou nada da brincadeira foi o dono do porco, que também vindo atrás do cheiro, mas acompanhado por um Capitão (….) assim dizia…roubaram o porco de mim!!!!!! roubaram o porco de mim!!!!!! Penso que o dito Capitão deveria contar como foi resolvido o protesto do dono do porco, uma vez que o bicho não foi devolvido mas sim comido e bem regado com cerveja. Raul Pica Sinos alcindaleal disse... Gosto de ler este blogue e de ver as «confissões» dos protagonistas desta história que cabendo num período negro da nossa História pode contribuir para a reconstituição de uma história social!E também nos mostra a grande capacidade do ser humano resistir às adversidades! Parabéns aos meus compatriotas! (Obrigado Alcinda pela sua simpatia)

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

O Mistério do cacho das bananas desaparecido...

Eu me confesso

Camaradas,
Ao ver a fotografia do Pedro (o nosso “cozinheiro”), veio-me à memória uma cena que só não deu prisão porque os autores e mirones ao acto (poucos o sabiam) souberam guardar segredo.
Penso que se lembram da existência de um capitão que dava pelo nome de Ponces Leão (?) que para além de ter outras histórias (giras), resolveu um dia fazer uma horta, ao fundo do quartel, com dimensão considerável.
Essa horta era vedada com uma paliçada, bem como vedada estava a visitantes.
Era o nosso Pedro e um outro camarada que faziam a rega e a guarda da mesma e quando saíam nunca se esqueciam de fechar a cancela com o cadeado.
Este vosso amigo, quando de licença nas voltas ao quartel, várias vezes vi o mencionado capitão a dar instruções na plantação e dos cuidados a terem: com as couves (que eram grandes, bonitas), nabos, cenouras, cebolas, feijão e, com as canas que o seguravam, etc. A plantação da bananeira, segundo me informaram, foi ele próprio que assumiu. Não era fruto da Guiné, não sei como foi exportada. Mas que era linda e grande, lá isso era. Era a menina dos seus olhos (e de outros que ele não sabia)
O cacho das bananas de tão cuidado que era, foi crescendo, crescendo e amadurecendo, e com ele a agua na boca ao capitão e alguns energúmenos, onde eu me incluía.

Eu me confesso
Chegou o dia da verdade, o cacho com cerca de 20 quilos foi roubado (cortado) só sei que um dos sítios em que o cacho passou escondido foi no tecto falso do Centro de Cripto.
A verdade é que as cascas das bananas grandes e lindas eram descobertas no chão e nos caixotes do lixo pelo capitão que não deixava de gritar eu prendo os autores, eu prendo os autores.
Mas o Vítor, O Palma, O Conceição e mais um ou outro saberão contar a história bem melhor.

Raul Pica Sinos

nota - Pica Sinos, salvo erro o capitãol era Major, 2º. comandante. E o nome dele não era Ponces de leão era sim Ponces de Carvalho. Alguém que me corrija se não estiver certo. Um abraço.

do Cavaleiro:
Pica, Eu de certeza que não estava metido nessa! Não me recordo.Deixa-me fazer uma rectificação. O "capitão" da história não era capitão mas sim major; se não me engano, ele era o 2º. comandante do Batalhão. Julgo que se chamava Ponces de Carvalho. Esse foi mais um "aborto" que tivemos de aturar! Mas que gajo incompetente. De hortas.......sabia ele, mas mais nada! Ah! esse tipo também plantava TOMATES! Coitado......eram raquíticos! O que nos havia de ter saído!
Um abraço,

Cavaleiro

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Era uma espécie de Pelotão Daimler...


Tão novinhos que eles eram - Cavaleiro, Pica Sinos e Justo

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Monumento em Torres Vedras, aos Mortos da Guerra do Ultramar

O Monumento de Torres Vedras, noutra perspectiva, com autorização e um comentário do autor desta foto:
"Está a vontade para publicar as fotos que quiser no seu blog, a unica coisa que peço é para não as usarem comercialmente, não alterarem o original e darem creditos ao autor(pôr o nome do fotografo)De resto está a vontade. Se tiver dificuldade em copia-las, ou se as quiser em tamanho maior diga-me quais quer que eu lhe envio por mail, com todo o gosto e obrigado pelo comentário as fotos. Abraços. Vasco Lago Pinto - fotografia::: http://www.vascolagopinto.blogspot.com/


notyet disse...
Ena. Ainda não tinha visto o meu amigo VASCO de arma nas mãos...Quando por lá passo mal o descortino atrás da "trincheira" (computadores e computadores).Vale dar um passeio no seu blog.O monumento está conseguido, sendo um tributo aos que cairam e à dor das familias.Mais um abraço ao Leandro.

Monumento em Torres Vedras, aos Heróis da Guerra do Ultramar

Este Monumento aos Heróis da Guerra do Ultramar, Colonial ou de África, está implantado em frente ao Palácio da Justiça e ao lado do Quartel de Bombeiros, no inicio do chamado "Parque Verde da Várzea", uma zona de lazer muito agradável em Torres Vedras. A interpretação deste Monumento é de um Avô explicando aos netos o que foi a Guerra do Ultramar.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Monumento em Lisboa, aos Mortos da Guerra do Ultramar

Mais uma foto enviada pelo Zé Justo.

Comprimidos "LM"

Porque foi que deixaram de fabricar os comprimidos "LM"?... Acodiam a tudo - diarreias, encefaleias, bicos de papagaio, panarissios, enjoos, malária, gripes, tremideiras, eu sei lá mais o quê. O Heitor é que sabia...

Mais uma foto a bordo do UIGE

E esta será à ida ou no regresso?.
Em primeiro plano o nosso saudoso Heitor.

Vista geral do aquartelamento de Tite

Foto enviada pelo Zé Justo

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Será que foi no almoço de Coimbra?

Cavaleiro, vê lá nos teus arquivos mentais se esta foto é ou não do almoço de Coimbra.

E o Cavaleiro já respondeu:
Meu caro Guedes,
Sem ter uma memória privilegiada, não é diícil confirmar que a foto é do almoço de Coimbra. Não me recordo quem foi ou foram o(s) organizador(es) (como vês os meus arquivos mentais.....não estão tão bem "seivados" como pensas!). Não gostei do local. Achei-o frio, pouco acolhedor. Senti-me um bocado "cota"! Ainda te lembras?
Espero bem que este ano o Claro nos presenteie com um bom local de convívio e uma refeição à base de gazela e e Javali!!!! Por falar nisso, o Claro já disse alguma coisa, já assumiu?
Não termino sem te fazer uma pergunta.
Diz-me lá uma coisa.
..........aquela foto, a de Coimbra foi tirada na "ida" ou no "regresso"?!!!!
Esta memória.......
Recebe um forte abraço recheado de "gozo miudinho"!
Cavaleiro

O emblema do Pelotão de Morteiros 1039

Este emblema foi enviado pelo Zé Justo.

Allô fumadores. Leiam aqui o testemunho do Zé Justo...

Caro Guedes Tens três netos...isso é obra rapaz. Eu casei tarde, só queria era laréu e entretinha-me com as noivas de ocasião e casamento...tá quieto. Mas enfim, tropecei com uma colega de trabalho e lá dei o nó até hoje. Tenho uma mulher porreirinha, e com uma pachorra para me aturar que já não se usa. Tenho uma filha com 29 anos solteira e nem pensa em casar, muito menos em filhos (agora é assim). Também estou reformado, embora por motivos menos felizes. Fui durante 40 e tal anos fumador compulsivo, e como todos os idiotas, sempre pensei que os maleficios do tabaco só calhavam aos outros !!! lixei-me e em 2001 deu-se a desgraça...operação e Traqueostomia para toda a vida. Felizmente consigo falar embora com prótesse...mas nunca mais me esquece o mal que fiz em nunca me vigiar...enfim, já passou e está tudo porreirinho. Durante toda a crise tinha que arranjar algo para me entreter, e relembrei os velhos tempos de juventude e do modelismo estático. Recomecei e hoje tenho uma colecção de mais de 3000 peças sobre vários temas. Tenho também tudo em DVD,se eventualmente o tema te interessa, posso ceder-te também cópias com milhares de fotos. Entretanto se quiseres fazer o favor de visitar o meu site, aqui vai: http://josejustomodelismo.no.sapo.pt/ Por agora é tudo, continua a juntar material ao teu Blog (já o inclui nos favoritos) logo que tenha a gravação pronta envio-te o GUINÉ 67-69". Um grande abraço Zé Justo.
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E noutro email ele diz: Que fique bem claro que eu não tenho puto de complexos frente ao que me aconteceu. Safei-me do período crítico e de suspense de cinco anos pós operatório.Segundo o meu médico só 40% se safam neste período...há malandros com sorte!!Levo uma vida perfeitamente normal, embora com análises e consultas periódicas para controle da situação. Se o que me sucedeu e os comentários que fiz poderem levar o pessoal fumador a largar o veneno do tabaco, é porreiro, e agora com a nova lei anti-tabaco a ajudar, talves se consigam menos mortes.Quando oiço os sabões pseu-intelectuais a esplanar tretas sobre o radicalismo,a liberdade dos fumadores etc. apetece-me chegar ao pé deles contar e mostrar um certo número de coisas...talvez mudassem de ideias e largassem as teorias de merda sobre os "direitos de envenenar os outros".Desculpa o desabafo, mas a propósito ouvi na televisão um comentário de um individuo ex-fumador que disse que lhe metia dó passar à porta das Amoreirase ver umas dezenas de homens e mulheres todos numa molhada a deitar fumo pelas ventas...e com um ar gazeado !!Lembrou-lhe exactamente o espéctaculo que era o casal ventoso aqui hà uns anos.Acabam por ser um monte de drogados, a matar o vicio em grupo !!!Mais uma vez desculpa, se calhar até és fumador, mas são verdades em que devemos pensar.Um grande abraço, e continua a aumentar o teu Blog, está ficando *****Zé Justo
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 Alcinda Leal, confirma... (Obrigado Alcinda) alcindaleal disse... Para o José justo e todas as pessoas: subscrevo inteiramente as suas palavras!!! também eu sou uma pateta de uma ex-fumadora a quem (ainda) não aconteceu nada de muito grave. Costumo dizer que as pessoas se convenceriam a fazer esse grande esforço de deixar de fumar se vissem diariamente na televisão aquelas imagens dos nossos orgãos internos enquanto fumadores! Que estes espaços também possam servir para incentivar( e nunca perseguir) as pessoas a deixar de FUMAR!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Mensagens de Amigos...

alcindaleal (colega de aulas de informática) disse... Parabéns Leandro!O Leandro e os seus camaradas já estão afazer «história»!Quanto a chita é realmente bela e também de paragens tropicais... 5 de Fevereiro de 2008 23:05
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Carlos Silva
(prof. de Xadrez e o grande impulsionador deste blog, um amigo), disse... Boa.Fiquei surpreso com tanta produção.É atirar, atirar... ou não fosse um batalhão de artilharia! 6 de Fevereiro de

A Gazela

Já que estamos numa onda de animais, aqui vai a foto duma gazela...

Mais uma dica do Justo:
"Olá Guedes. Recebi o teu mail que agradeço.Para ser franco lembrava-me do nome mas não do rosto, o Cavaleiro fez o favor de me enviar uma foto de grupo, e deu para lembrar o "nosso furriel".Voltei a rever o teu blog, está a melhorar bastante.Eu fiz um DVD sobre a Guiné com 769 fotos. Foi um trabalho de recolha e pesquisa de quase um ano, mas valeu a pena.Claro que é basicamente biografico e pessoal, no entanto se quiseres é com prazer que tu enviarei, pois tem bastante material que poderás aproveitar.Já enviei um para o Cavaleiro.Caso afirmativo, dá-me o teu contacto para envio por correio.Para já é tudo, um grande abraço, e dispõe. Zé Justo"

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

A Chita

Para cortar um pouco esta onda de guerra colonial, de Africa, ou do Ultramar, vamos falar de beleza e por isso aqui vai uma foto dum belo animal selvagem daquelas paragens - a Chita. Um abraço.

Pelotão Daimler

Uma Daimler na pista do aerodromo de Tite

Secção de Obuses

A equipa da Secção de Obuses, junto do seu obus.

Almoço em Mira

Mais um dos nossos almoços desta vez em Mira. Se alguém tiver fotos do primeiro almoço na Areia Branca, em Torres Vedras, agradeço que nos enviem. Um abraço.

Regresso !!! ??? Não, de ida!

Já no regresso, alguns de nós... (no regresso pensava eu!) Afinal é uma foto da ida...Agora leiam um email do Cavaleiro, que vem sempre a tempo :
"Olá Guedes.Renovo os Parabéns. O Blog vai dar frutos! Pela minha parte, darei certamente o meu contributo. É uma questão de disposição.Já vi as fotos. Estamos lindos!!Para não fugir à regra....., diz-me lá uma coisa. Então achas que a foto do regresso é mesmo do regresso?!! Querias!! Tão novinhos, tão bem tratadinhos,cabeludos, etc., etc.!! Então não reparaste na tua "trunfa"?!! Toca lá aalterar para a viagem de ida!Um dia destes darei o meu contributo. Isto não é para parar!Um grande abraço.Cavaleiro"

O UÌGE

Este foi o navio que levou alguns de nós para a Guiné em Abril de 1967 - o UÌGE.

Emblema da CCS do BART 1914

Aguardamos que nos enviem os Emblemas da CART 1743, Pelotão de Morteiros, Pelotão Daimler e Secção de Obuses...

Grande equipa !



Grande equipa esta. Se tem vindo para a Metrópole, fazia furor... Destes já cá não estão o Águas, o Porto e o Carvalho.

A porta de Armas...

Era esta a entrada do Quartel" de Tite.

Mural de homenagem aos guerreiros

Almoço da CART 1743, em Lisboa.

Salvo erro, foi neste convivio que apareceram pela primeira vez, os três companheiros da CART 1743 que haviam sido raptados e aprisionados pelo IN, em Bissassemna, no inicio de Fevereiro de 1968, e que mais tarde foram resgatados numa op. do Com. Alpoim Calvão, na Guiné Conakry.

Almoço em Vila Nova da Barquinha


Foto tirada junto à Igreja da Atalaia (terra do Arrabaça)

Um dos nossos almoços-convivio, com familiares e amigos, desta feita em Vila Nova da Barquinha, organizado pelo Arrabaça..

Pelotão de Morteiros

O "escritório" do Claro e do seu pessoal...

Tropa fandanga


Caro "furriel" Guedes. Não sei se recorda o nome e a pessoa...Justo...era um dos operadores de Cripto do BART 1914...eu o Pica Sinos e Cavaleiro...recorda-se ??Foi o Cavaleiro que me deu a conhecer o seu Blog, que já consultei, mas com pena só consigo ver a msg de abertura, e nada mais...devo estar a fazer burrada ?? É com prazer que sei de mais um "guerreiro" dos tempos da guerra, que é feito de si ? Para já fico por aqui, até muito breve com mais noticias.Um grande abraço e gostei de saber de si. Zé Justo hrjusto@sapo.pt

domingo, 3 de fevereiro de 2008

A "cidade" de Tite e os seus edificios...


O Pedro ajudante de cozinheiro, lembram-se?

Aqui vemos o Pedro, com o Brig. Helio Felgas.
Para verem a fotografia mais ao perto, cliquem com o botão do lado direito do rato, e depois "Abrir hiperligação"...